Ao contrário do que induz a indústria de leites infantis, a partir dos 12 meses não existe uma necessidade generalizada de se consumir um leite diferenciado, sabia?
Na verdade, isso é conduta que um nutricionista infantil e/ou um pediatra vão definir, não a indústria. Por via de regra, bebês saudáveis maiores de 12 meses que não recebem aleitamento materno, não precisam de fórmula ou compostos lácteos. É claro que os bebês amamentados ao seio, que sigam assim até quando der! Lembrando que a OMS recomenda o aleitamento materno até os 2 anos ou mais.
Dito isso, nos deparamos com uma segunda dúvida.
"Ok. Se não precisa mais de fórmula, qual leite oferecer, e como fazer a transição? Pode fazer de uma vez?"
A resposta é... melhor ir devagar! Primeiro porque prevê-se que a criança não seja exposta a outro leite além do materno e da fórmula até completar 12 meses. A partir desta idade, recomenda-se a introdução gradual de derivados lácteos e o próprio leite.
Normalmente sugere-se iniciar com um derivado lácteo de boa qualidade, como um iogurte natural por exemplo. Somente depois destas primeiras exposições, que iniciamos a transição da fórmula infantil para o leite de vaca integral em pó (Atenção! NÃO É o composto lácteo! É leite normal, gente)
A transição é feita da seguinte forma:
1º DIA: 75% fórmula, 25% leite de vaca integral em pó
3º DIA: 50% fórmula, 50% leite de vaca integral em pó
5º DIA: 25% fórmula, 75% leite de vaca integral em pó
7º DIA: 100% leite de vaca integral em pó
Claro que isso pode (e deve!) ser individualizado junto do nutricionista e do pediatra, ok? Nem toda criança pode transicionar logo de cara para o leite de vaca. Além disso, famílias que não consomem leite de vaca também vão precisar de um suporte profissional, para organizar o consumo de cálcio (sim, é super possível!).
Beijos da nutri <3