Esse texto foi publicado por mim, originalmente no grupo do facebook "Mães cristãs", onde eu sou colunista.
O alimentador infantil surgiu com o propósito de estimular a auto alimentação do bebê, além de introduzir alimentos de modo que não tenha risco de engasgar. Até aí parece uma boa solução.
Trata-se de um produto parecido com uma chupeta gigante, onde você coloca um alimento dentro de uma redinha (o bico), e o bebê fica ali "mastigando".
Sabemos que os bebês em fase de alimentação complementar costumam dar certo trabalho para os pais. Isso ocorre naturalmente, uma vez que ele não estava acostumado com sabores e texturas diferentes. Principalmente as texturas! Quando o nutricionista recomenda aos pais que ofereçam aos seus filhotes as papas com pequenos pedacinhos, em forma de purê mal amassado, não é em vão. A criança PRECISA conhecer e se ADAPTAR as novidades! O estranhamento inicial é esperado e é totalmente reversível. É só ter calma e boa orientação.
O alimentador, portanto, pode contribuir para que a criança tenha aversão a pedacinhos, e isso é péssimo! Uma vez que não foram oferecidas (ou foi insuficiente) preparações que valorizassem os aspectos sensoriais dos alimentos (sabor, aroma, textura e aparência), esse bebê terá chance de se tornar uma criança que apresenta dificuldade de se alimentar corretamente.
Mães, não diminuam toda a experiência que seu filhote pode ter com o alimento. É muito mais que sabor! Apresente desafios ao seu bebê, o deixe segurar os alimentos, mesmo que faça lambança. Promova uma relação de carinho do pequeno com os alimentos. Assim ele crescerá sem problemas como falta de apetite.
Postado por: Nutricionista Izabella Tesoto